Por que Hitler falava que o governo era “Terceiro Reich”?

Certamente lendo algum livro ou vendo um filme ouviu Hitler ou outro integrante do governo falando do “3º Reich”. Só que nunca é explicado o que veio antes para aquilo ser o terceiro. Primeiramente e o que já ajuda a entender a resposta é que Reich quer dizer Império ou Reino. Logo, existiram dois Impérios na região antes.

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Os antigos Reich


O 1º Reich durou de 962 a 1806 e ficou conhecido como Sacro Império Romano Germânico, dominando o atual território alemão, mas que se expandia até a Polônia e a Bélgica. Começou com a coração de Oto 1º e foi até as invasões de Napoleão na Europa, quando o Império foi dissolvido.

Já o 2º Reich existiu entre 1871 e 1918. O marco inicial foi a vitória na Guerra Franco-Prussiana, que unificou o território da Alemanha. Já o desfecho aconteceu após a derrota na 1ª Guerra Mundial, quando após uma Revolução no país o Imperador Guilherme II foi obrigado abdicar e foi criada uma República no país.

Por fim, temos o 3º Reich, quando após receber plenos poderes, através de um decreto de emergência, Hitler buscou legitimar o processo como sucesso dos grandes Impérios germânicos. Isso durou de 1933 a 1945.


O projeto lebensborn: Fabrica de bebês de Hitler

Governo de Hitler estimulou o nascimento de crianças consideradas de raça pura na Alemanha nazista

É muito comum você ver algumas pessoas falando sobre defesa da família tradicional brasileira para atacar uniões homoafetivas ou em outros tipos de debates. No entanto, estas mesmas pessoas se omitem, por exemplo, quanto a quantidade de crianças abandonadas pelos pais. Só em 2020 foram mais de 80 mil crianças que não tiveram o nome do pai no registro. Só que a hipocrisia do discurso não é exclusiva do Brasil atual. Na Alemanha nazista, que também, dizia ter como um dos pilares a família, teve um projeto que era basicamente uma Fábrica de bebês. 




Quase todo mundo sabe sobre o que Adolph Hitler pensava sobre raça pura. Algumas atrocidades como perseguição a pessoas de outras raças que não a ariana ou a pessoas com deficiências são mais comuns de serem ouvidas.

No entanto, o governo nazista teve um outro projeto muito absurdo e que saiu do papel. O projeto tinha o nome de A Fonte da Vida – Lebensborn. Tratava-se quase que uma fábrica de bebês.

O programa foi desenvolvido em 1935, por Heinrich Himmler, que era um líder militar e considerado o número 2 do Terceiro Reich, atrás apenas de Hitler.

Neste programa, as mulheres consideradas dentro dos padrões raciais eram encorajadas a terem relações sexuais com oficiais nazistas. E mesmo que alguém tente minimizar isso dizendo que elas não eram forçadas, embora isso também não seja algo que dê para afirmar. Estamos falando de um período em que era feita uma verdadeira lavagem cerebral no povo alemão de que eles tinham que servir ao país.

Essas mulheres davam a luz em maternidades construídas para o programa. Depois os bebês eram entregues e criados pela organização nazista. Não existem dados precisos, pois muitas pessoas sequer foram registradas, mas diversas publicações apontam para mais de 8 mil nascimentos neste projeto entre 1936 e 1945.


Livro Mein Kampf – Adolf Hilter disponível


A partir de 1939, os nazistas passaram a sequestrar crianças de outras regiões que também atendessem aos ideais de raça da Alemanha. Estima-se que só da Polônia mais de 10 mil crianças foram retiradas dos pais ou de orfanatos. 

A situação fica ainda pior porque as crianças sequestradas que não cumpriam as condições de pureza eram levadas para os campos de concentração.

Esta ideia casava exatamente com outro programa, o da Juventude Hitlerista, que recebeu o nome em 1926. Com jovens entre 10 e 18 anos, que seguiam e representavam perfeitamente os ideais nazistas.






Livro Mein Kampf – Adolf Hilter

Obra de autoria de Adolf Hitler mostra as ideias do líder nazista para a Alemanha e que depois foram adotadas quando ele chegou ao poder.

O Mein Kampf (Minha Luta) foi um livro de dois volumes produzidos pelo próprio Adolf Hitler. Nesta produção, que foi feita em 1925 e depois editado em 1926, o líder nazista já apresentava seus planos para chegar ao poder na Alemanha. Na obra também ele deixava claro as ideias anti-semitas e racialistas para o país. Algo que derruba qualquer tese de que o povo alemão foi surpreendido com o que ocorreu no período nazista. Tal qual Bolsonaro, Hitler sempre deixou claro como apoiava políticas discriminatórias.

Como Hitler conseguiu apoio popular na Alemanha?

Propostas antigas e ódio a esquerda

Apesar de implementadas principalmente por Hitler, as ideias anti-semitas e racialistas já eram defendidas por outros políticos e inclusive foram e continuam sendo adotadas pelo Mundo. Outra corrente também presente no livro Mein Kampf era o ódio a esquerda. Em diversas passagens, Adolf Hitler deixava claro que precisava afastar o comunismo da Alemanha e que estes políticos tinham que ser perseguidos, assim como os judeus, os ciganos, negros e os homossexuais. Algo que derruba qualquer dúvida e mostra como Hitler era de extrema-direita.

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O livro também atuava como uma lavagem cerebral no povo alemão. Era comum que ele fosse usado para presente e todos os estudantes o recebiam ao se formarem.

Por mais óbvio que seja, a divulgação desse livro não significa apoio ao que está nesta obra. Muito pelo contrário. A importância de conhecer esta obra é exatamente entender como uma pessoa pode trazer tantos danos para o Mundo. Para acessar o livro é só clicar aqui.

Saiba o que foi o Projeto Lebensborn: A fábrica de bebês de Hitler




Projeto T4 - A Política nazista para deficientes


O ministro da educação Milton Ribeiro declarou que crianças com deficiência atrapalham outros estudantes e que 12% delas, têm um grau de deficiência que é impossível a convivência.
Uma opinião que certamente agradaria a Hitler. Afinal, durante o Governo Nazista, a Alemanha teve o programa T4, que era a eutanásia para pessoas com deficiência.