Vamos falar aqui sobre um tema que enche todos os brasileiros de orgulho: como o Brasil se tornou uma potência nas Paralimpíadas. Tudo começa em 1972, quando o país participou do evento pela primeira vez, mas a grande virada acontece em 1995, quando foi criado o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), com a missão de unificar e representar o esporte paralímpico brasileiro, proporcionando a base necessária para que nossos atletas pudessem competir em alto nível.
O Papel Crucial da Lei Agnelo/Piva
Só que um dos marcos mais importantes para o crescimento do esporte paralímpico no Brasil foi a Lei Agnelo/Piva, sancionada em 2001. Essa lei destina 2,7% da arrecadação das Loterias Caixa ao esporte, sendo 37,04% para o CPB. Com esses recursos, o CPB pôde investir em pessoal qualificado, projetos de inclusão, e principalmente na profissionalização do esporte paralímpico.
Um exemplo notável desse investimento é o Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, inaugurado em 2016 em São Paulo. Esse centro de alto nível oferece infraestrutura para 20 modalidades diferentes, sendo fundamental para o preparo dos nossos atletas. Com 95 mil metros quadrados, é um dos maiores e mais completos centros de treinamento do mundo.
Resultados e Expectativas para o Futuro
Os números não mentem: o Brasil é uma verdadeira potência paralímpica. Em Atenas-2004, o país pela primeira vez figurou no Top 15. Já na edição seguinte, em Pequim-2008, entrou para o Top 10 no quadro geral de medalhas e de lá não mais saiu. Nas duas últimas participações - Rio-2016 e Tóquio-2020 -, cruzou a barreira das 70 medalhas
Nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, os atletas brasileiros igualaram o recorde da Rio 2016, conquistando 72 medalhas, sendo 22 de ouro. Com 280 atletas classificados, o Brasil continua a mostrar sua força e já estamos de olho nas próximas competições, com a expectativa de superar esses números em Paris 2024.